À PROCURA DA FELICIDADE

Nesse emocionante filme, estrelado por Will Smith, acompanhamos a história real de Chris Gardner que, em meio a diversas adversidades, tenta manter um mínimo de dignidade para si e seu filho. Na saga, Chris, investe suas economias em tomógrafos, que tenta vender diretamente aos médicos, não obtendo sucesso. A dificuldade financeira leva sua esposa a abandoná-lo, deixando-o com o filho em um uma situação tão ruim, que chegam a dormir em um banheiro de estação de metrô. Seguramente ao final tudo dá certo. Hollywood não faria um filme que não terminasse com um exemplo de superação e vitória.

Acontece que, apesar de toda emoção do filme, nem sempre as adversidades terminam em vitória. Olhando ao nosso redor, constatamos que poucos alcançam uma vida cheia de realizações, digna da telona. As pessoas dormem e acordam, trabalham diariamente, muitas vezes em atividades que não gostam, tem problemas com o cônjuge que não conseguem resolver e andam com o coração na mão por conta dos filhos. Isso se levarmos em consideração as pessoas afortunadas. Uma multidão de desventurados madruga à procura de emprego, pena para alimentar a família, perdeu os filhos para o crime ou as drogas, anda à margem de uma vida, no mínimo, desagradavelmente normal.

O filme deixa a entender que o herói encontra a felicidade ao alcançar um bom emprego em uma corretora de valores. Isto posto, duas reflexões sobre a felicidade nos vem à mente. A primeira é que a felicidade é a medalha que ganhamos após o sucesso em uma árdua batalha. Diante disso, para sermos feliz é necessário vencermos todas as batalhas… um feito para poucos. A segunda, e mais intrigante, é pensarmos que o triunfo em alguma área da vida, dá total significado para toda nossa existência. Será que não existem ricos em depressão? Ou famílias bem sucedidas destruídas pela cobiça, drogas, indiferença, desamor? Ou servidores públicos, com estabilidade e bons rendimentos, que se sentem perdidos em uma vida sem significado?

Um pequeno homem, chamado Mahatma Gandhi, teve também uma saga hollywoodiana. Entretanto, indo ao contrário do caminho modelo de felicidade, após sair da Índia e se formar em direito na Inglaterra, Gandhi dedica sua vida aos direitos dos hindus e a libertação da Índia. Uma vida de imensas privações, algumas prisões, longos jejuns, brutalmente finalizada com seu assassinato, no jardim de sua casa, protagonizado por um hindu, povo ao qual dedicou sua vida. Esse homem, desafortunado aos olhos de muitos, disse algo a respeito da felicidade:

“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”

É incrível como doze palavras podem trazer uma consciência tão completa a respeito de um tema tão complexo. A felicidade não é a medalha, mas a corrida; não é o troféu, mas o campeonato; não é o salário, mas o trabalho; não é a riqueza, mas o empreendimento; não é completar bodas de ouro, mas os 50 anos juntos da pessoa amada! A felicidade é aquilo que fazemos utilizando toda nossa alma, toda nossa vocação, todo nosso esforço, todo nosso talento! Talvez você não tenha a vocação de Gandhi; eu certamente não a tenho. Mas ele tinha, e foi feliz vivendo a vida de acordo com seus valores! Mesmo recebendo como medalha o tiro que causou sua morte.

Antes de Gandhi, Jesus deu esse exemplo de vida com propósito. Ele veio para o meio de seu povo, os Judeus, e esse povo provocou seu julgamento. Ele dedicou sua vida a fazer o bem a todos, e todos pediram para que Barrabás fosse solto em seu lugar. Morreu solitário na cruz, com apenas um de seus discípulos presente. Todavia sua vida até hoje influencia milhões de pessoas.

Onde, então, procurar a felicidade? Ela se encontra dentro de você! Em sua dedicação a vida, ao seu propósito único, a realização de sua vocação, ao tempo dedicado as pessoas amadas. E, se ao final você ganhar uma medalha, ela será apenas a cereja de um delicioso bolo, desfrutado durante seus dias na terra. Seja feliz!




Hora da faxina! Jogue fora o que é velho.

A gente tem a tendência ao acúmulo. Mesmo sem querer a gente acaba juntando e guardando em nossos armários e gavetas um monte de coisas… Muitas destas, totalmente inúteis para nós: roupas que não usamos há várias estações, maquiagens velhas, utensílios desnecessários, ferramentas estragadas, pequenos pedaços de canos usados ou restos de alguma reforma feita no banheiro, até pneu careca tem gente que “guarda”, por pretextos mais variados.

Muitas vezes guardamos coisas que não nos são úteis, mas poderiam ser úteis a alguém. Outras vezes são coisas que não são úteis para nada, apenas para tomar espaço, empoeirar e o pior: tomar espaço físico e emocional e assim impedir que o novo venha!

O Senhor é um Deus de novidades: a Ele pertence o novo e não as tradições… Tradições são coisas humanas. Tradições são coisas de religiosos. São apegos ao passado e ao que já foi útil ou importante, que teve seu lugar, mas não necessariamente, continua tendo.

Jesus não era uma pessoa nem tradicional e nem religiosa. Ele representou o novo:

• Novidade de vida,

• Novo mandamento,

• Nova aliança!

Mas os religiosos de seu tempo, judeus tradicionais que eram, não curtiram muito todo aquele papo de modernização da fé, do estilo de vida e de relacionamento com Deus e deram um jeito de fritar o cara… Sim, religião mata e religioso é um perigo para Deus e um atentado às novidades de Deus.

O Apóstolo Paulo de Tarso, antes de sua conversão, era uma pessoa que tipifica bem o religioso padrão: zeloso pelas tradições as quais supõe serem Deus. (Mas não há um versículo que afirme “Deus não é tradição”… Existe sim, “Deus é amor”).

Disse Jesus: “Meu Pai trabalha ate hoje!”

Sim! Deus continua criando e inovando, pois Deus não está preso no tempo, mas Ele é amoroso.

Prender-se às coisas velhas ou inúteis é agarrar-se ao passado, portanto, impedir a entrada do novo.

Para o novo entrar o velho tem de sair!

Há que se abrir espaços em nossa existência para a chegada das novidades que Deus tem para nos presentear a cada manhã.

No caso das questões materiais, quando guardamos estas quinquilharias em nossos despejos, estamos emitindo para nós mesmos alguns sinais:

1º – “Não confio que no futuro terei outras coisas boas. Melhor agarrar-me ao velho, pois pode ser que Deus não me abençoe amanhã novamente…”


2º – “Não sou merecedor do novo! O bom é para os outros e não para mim. Deixe-me acumular estas coisas, mesmo que velhas, pois as boas novidades são para outros.”

Ensinou Jesus: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois onde estiver o teu tesouro, ali estará o teu coração”, portanto dê, doe, distribua!

Entretanto, o mais cruel neste processo de acúmulo não é o acúmulo de coisas, mas sim o acúmulo de sentimentos passados:
Ofensas, invejas, injúrias, fofocas e coisas outras que plantadas e aguadas, germinaram e cresceram em nós como ódios, desejos de vingança, iras, injúrias. Sentimentos que devem ser jogados fora e substituídos pelo novo, pela novidade, pelo perdão aos que nos ofenderam de alguma forma.

Guardar sentimentos negativos faz mal somente a nós, que carregamos este peso inútil e assim não podemos caminhar livremente pela vida. Entretanto, para a pessoa não perdoada por nós, que às vezes, nem sabe do mal que por ventura tenha nos causado, esta pessoa continua sua jornada, talvez até feliz.

Perdoar não é fácil, por isso que Jesus insiste tanto neste tema. Qual é o seu limite de perdão?

Vamos esvaziar nossas dependências interiores de coisas velhas e inúteis e abrir espaço para o novo entrar.

• Para o novo relacionamento entrar, o velho tem que sair.

• Para o amor entrar, o ódio tem que sair.

• Para a paz entrar, a ira tem que sair.

Faça em sua vida a faxina do perdão, limpando os armários da alma e as gavetas do coração. Jogando fora coisas do passado e deixando espaço livre para as novidades de vida que Deus tem para todos nós, todas as manhãs.

Você não é melhor que ninguém, mas também, você não é pior que ninguém. Você é único diante do Pai, que a todos ama, indistintamente.

Quer o novo? Livre-se do velho.

 

Luciano Maia

 




NO ESTACIONAMENTO

NoEstacionamentoO dia estava quente e seco, o que é comum no inverno de Brasília. Cheguei ao estacionamento no horário de almoço, como era meu costume na época. O terno azul escuro incomodava absorvendo o calor do sol brasiliense. Deixei o paletó no banco de trás, soltei o nó da gravata e desabotoei o colarinho. Antes que eu acabasse Wagner veio acenando, com um sorriso fraco no rosto queimado e maltratado pelos anos sob o sol e as drogas.

– E aí brother? – Percebi algo estranho, pois ele não chegou animado e brincalhão como sempre.
– Opa. – Respondi fechando a porta do carro.

O estacionamento, em um shopping tradicional, ainda não era pavimentado nesses dias. No tempo de seca a terra vermelha levantava nuvens de poeira, nas chuvas o barro desencorajava os clientes, preocupados em não sujar seus sapatos. Nesse dia, além de todos que frequentavam nossa reunião, havia mais alguns, que eu não conhecia, embaixo da grande árvore, nossa congregação ao ar livre. Cheguei, cumprimentei um a um e me sentei na mureta, em cima de um papel que Bodinho me deu para não sujar a calça. No chão, duas garrafas de 51 vazias, uma cheia e outra com pouco mais da metade.

Sempre que estou com o pessoal percebo os olhares curiosos dos que passam, entrando ou saindo do shopping. Em meio a moradores de rua, vigias de carros, um homem de terno conversando à vontade, parte integrante do grupo. O curioso, nesse dia, era que o pessoal estava mais quieto e mais bêbado do que o costume. Antes que eu perguntasse algo, Wagner soltou, em uma voz sem emoção, a notícia que os abatera.

– Ronaldo morreu. – Olhei para seu rosto tentando entender se era uma de suas brincadeiras. Não era. Ronaldo morava em um barraco no Pedregal, junto com seus dois filhos. Os meninos, de cinco e oito anos fugiram da mãe devido as grandes torturas físicas e emocionais que ela lhes infringia. Ela não fez questão de pegá-los de volta e ficaram morando com o pai. Fazia pouco mais de três meses que Ronaldo decidira seguir a Jesus e as coisas não estavam fáceis, já que ele havia parado com o tráfico de merla, vivendo então do dinheiro da guarda e lavagem dos carros. Era bom ver a mudança de comportamento, sua fé em meio às lutas e seu desejo de dar um futuro diferente aos filhos.

– O que aconteceu? – Perguntei tentando imaginar a tragédia.
– Cara, tudo por causa de uma pinga. Faz um tempão que Ronaldo foi a um boteco lá no Pedregal, comprou uma garrafa de cachaça, sentou e botou para a galera beber. Naquele dia o Baixinho chegou, pegou um copo e foi pegando da cachaça. Ronaldo levantou na hora e mandou colocar a cachaça de volta na mesa. O Baixinho ficou bravo com a regulagem da pinga, falou, argumentou, mas Ronaldo não deixou ele tomar.

No sábado passado Baixinho estava no bar e pagou cachaça para todo mundo. Ronaldo chegou para comprar um refri que ia levar para casa. Baixinho deu um copo cheio para ele e disse: toma, bebe ai para você ver que não sou regulado como você. Ronaldo falou que não estava mais bebendo pinga e foi ao balcão pedir o refri. Baixinho saiu do bar, voltou com um caibro de madeira nas mãos e acertou a cabeça do Ronaldo em cheio. Com ele no chão ainda deu mais duas porretadas. Ele nem conseguiu se virar… morreu lá, no chão do bar.

– E o Baixinho? – Perguntei atônito, sem digerir a história.
– Está foragido.
– E os meninos?
– Fugiram do barraco com medo da mãe vir pegá-los.

Fiquei em silêncio. Imaginei Ronaldo estirado no chão e me perguntei o que seria dos dois meninos. O silêncio foi interrompido por Wagner.
– Pastor, eu queria sentir o amor de Jesus, sentir que Ele se importa comigo de verdade. Me diz uma coisa: Jesus ama menos a gente do que vocês?

Segurei o choro por alguns segundos. Tinha quatro ou cinco pessoas prestando atenção em nossa conversa, enquanto outros continuavam bebendo distraídos. Chamei a todos e disse algo sobre não haver “a gente” e “vocês”, sobre sermos todos iguais diante de Deus, sobre seu amor, que não faz acepção de pessoas. Li um texto bíblico, oramos juntos, conversamos e chegou o fim de meu horário de almoço.

No caminho do trabalho fiquei com a sensação de ter comido algo estragado. Aquilo que cansei de ver nos noticiários da TV, com o sabor “sem sal” de acontecimentos que assolam desconhecidos e a ridícula entonação de voz dos narradores de tragédias, ganhou novo gosto nesse dia. E nos meses que se passaram aprendi que essa comida amarga faz parte do cotidiano de muitas pessoas.

Após poucas semanas, ninguém mais se lembrava de Ronaldo, Baixinho, ou de dois meninos desaparecidos. Mas a pergunta ainda ecoou algum tempo em minha mente: “Jesus ama menos a gente do que vocês?”.




EU NÃO QUERO ENVELHECER (E NEM MORRER!)

 

Todos queremos ser especiais! Nisto somos todos iguais, disse Carlos Drummond de Andrade.

Esta afirmação aponta para uma carência essencial que a todos acompanha: gostaríamos de ser o filho especial, ser o profissional de destaque, ou até ser reconhecido pelo esforço de não sermos notados. Mas, de alguma forma gostaríamos de ser especiais….

Mesmo querendo ser especiais ou diferentes, todos temos ao menos um ponto em comum: ricos e pobres, cristãos, muçulmanos ou budistas, de sábios eruditos a idiotas iletrados, todos igualmente, morreremos… Salomão chega a ironizar esta situação, cruelmente dizendo que os seres humanos, que se julgam tão superiores, são, na verdade, iguais aos animais, pois, tanto este quanto aquele, morrem…

Caso o ciclo existencial transcorra sem grandes novidades, a morte será precedida de um estado pouco desejado: a velhice. A velhice é um problema para a humanidade! Poucos estão realmente preparados ou dispostos para o crepúsculo da vida. Muito já se sonhou com o “elixir da juventude”: medicamentos, alimentos, plantas, cirurgias, estilo de vida e outros elementos que possam retardar o fato a ser consumado: a velhice.

Gostei da resposta do mundialmente celebrado cirurgião Ivo Pitangui, quando perguntado como ele se sente sendo o responsável por deixar tantas pessoas mais jovens. Sua frase foi curta: “Eu não deixo ninguém mais jovem. Apenas deixo as pessoas velhas com aparência de mais novas – mas elas continuam velhas”. Pitangui tem a exata noção do seu trabalho: ele é um “maquiador”.

O nome Olacyr de Moraes certamente não será do conhecimento da maioria dos leitores deste artigo. Ele foi o Rei da Soja no Brasil dos anos 80 e tornou-se o “Primeiro Bilionário Brasileiro Mais Jovem”. Sua história de incansável trabalho e empreendedorismo é linda. Ao fim dos anos 80, com 50 e poucos anos e finalmente bilionário, resolveu “curtir a grana” e tornou-se um frequentador contumaz de festinhas badaladas e eventos sociais, sempre acompanhado de lindas jovens. Depois, do agronegócio, enveredou-se para a mineração e perdeu muito, muito dinheiro. Hoje ele é um velhinho de 83 anos, ainda rico, que não dispensa fotos com as ‘suas’ jovens, porém não pode mais curtir toda sua grana, já que a enfermidade não o deixa sair de casa, nem pras festinhas badaladas, e nem pros restaurantes, já que sua dieta é restritíssima.

Incluo abaixo este artigo de Max Gehringer, que me fez lembrar Olacyr de Moraes:

“Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico.

Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais.  Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.  E assim por diante.

Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas.  Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário.  Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.

Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil dólares na minha conta bancária.

É claro que não tenho este dinheiro.  Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?  Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre.  Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer.

E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.”

 

Se por um lado significante parcela de pessoas gostariam de eliminar ou retardar os efeitos da velhice (rugas, óculos, barriga, careca… bengalas, cansaço, desânimo, cirurgias, remédios, fraldas geriátricas…) por outro, poucos querem abrir mão dos benefícios da velhice (sabedoria, conhecimento, erudição, experiências…). Carlos Drummond de Andrade disse: “Há duas épocas na vida em que a felicidade está numa caixa de bombons: infância e velhice”.  Alguém já disse que os velhos e as crianças se parecem muito. Eu creio. Ao menos ambos necessitam de mais atenção. Na juventude, pensamos em nós, em como extrair prazer da vida. Na maturidade, pensamos nos descendentes, em como proporcionar uma vida com mais chances de felicidade e sucesso para os filhos. Na velhice, voltamos a pensar em nós, em como torna-la menos pesada e onerosa e em como ainda extrair alguns prazeres da vida.

No capítulo 15 do Gênesis, o Criador fala o seguinte para Abraão: “Você terá uma velhice abençoada, morrerá em paz, será sepultado e encontrará seus antepassados no mundo dos mortos”. Incrível como Deus mira nos pontos certos:

1. Velhice abençoada: aponta para saúde, prosperidade, descendência encaminhada…

2. Morrerá em paz: aponta para duas coisas: 1º) que no fim deste filme a gente morre. Todos morreremos… e 2º) aponta também para uma morte sem dores, sem doenças, sem intrigas familiares, mas… Tranquilamente… Em paz!

3. Encontrará seus antepassados: aponta para o futuro, renovação das esperanças. O “fim” não é o fim, mas uma passagem, um recomeço. Reencontro!

 

Um ponto que me chama muito a atenção nos textos bíblicos do Pentateuco é como que muitas promessas divinas aos personagens estão focadas na descendência e na morte destes. Os grandes consolos de Deus estão em duas categorias:

  • DESCENDÊNCIA: Dizer que os descendentes serão abençoados, ou terão sucesso, ou serão numerosos.
  • VELHICE: Dizer que a velhice será com saúde e com paz; com direito a um sepultamento honroso e que haverá vida após a morte, onde se encontra os antepassados.

Deus consola o homem na promessa da continuidade existencial: rever quem já não mais existe e ter certeza que o que se construiu não se perderá.

 

De fato, o ser humano não está mesmo preparado para o fim abrupto. Se com a morte física tudo se extinguisse, a existência deixaria de fazer sentido, não apenas sentido metafísico, espiritual… Mas também sentido racional: pra que viver? Sem esperanças a vida fica dura demais!

A matéria prima da religião é a esperança. Esperança de futuro melhor, esperança que a morte é uma nova vida, esperança que vou rever quem amei no passado, esperança de paz… Com a esperança a existência tem mais sentido, menos peso e é mais feliz. Eu não suportaria viver sem esperanças.

A velhice é inexorável, por isso, quem quiser ser feliz, tem de desenvolver a habilidade de lidar com este estado de vida cada ano mais perto, queiramos ou não. Platão foi pessimista com relação ao envelhecimento e afirmou que “Deve-se temer a velhice, porque ela nunca vem só. Bengalas são prova de idade e não de prudência”. Já o Nobel Gabriel Garcia Marquez (autor de “Cem Anos de Solidão”) compartilhou uma experiência pessoal: “O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão”. Ambas as citações nos fazem pensar.

Talvez Deus esteja certo. Talvez o grande consolo dos velhos seja a esperança. A esperança de que somos especiais? A esperança que nossa descendência será bem sucedida e nosso nome não morrerá precocemente na história?

Esperança… Acho que maturidade boa é aquela cheia de esperança…

Talvez a esperança que as saudades de nossos avós e pais serão debeladas num encontro cheio de gargalhadas e abraços com os antepassados, e assim, eternamente contaremos e ouviremos estórias, ouviremos boas músicas e dançaremos de alma leve…

Luciano Maia

Outono’ 2014.

 




Morning coffee

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