SONHOS…

Sendo o desejo filho da falta, o sonho é seu neto.

Um dos aspectos que diferencia o homem dos demais animais é a sua capacidade de sonhar. Habilidade que, ao lado do “telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor”, permitiu que saíssemos das cavernas*, tal qual Deus nos pôs. Como é bom sonhar. Não se paga imposto algum e podemos criar as mais impensáveis aventuras, propósitos e criações. Jovens são especialistas nisto. Jovens sonham fácil. Jovens sonham com um futuro brilhante, um casamento feliz ou tudo o que os possa fazer felizes.
Uma das diferenças entre os jovens e os velhos é a capacidade de sonhar, intrínseca no primeiro grupo, adormecida no segundo.

 

Porque o tempo tem a capacidade de diminuir nossa habilidade onírica?

 

Para um jovem é adequado ser sonhador, posto que todas as alternativas estão disponíveis em sua frente. Qual caminho devo seguir? Há vários! Tudo ainda é possível e cada decisão pode nos levar a lugares incríveis. Podemos tomar decisões responsáveis que nos levem ao prazer ou irresponsáveis que nos causem sofrimento – ou vice-versa – não há regras muito definidas. Um fato é que algumas escolhas eliminam outras. Algumas portas que abrimos fecham outras e a vida torna-se um grande funil, o qual limita possibilidades e sonhos. Daí os velhos não terem, na lógica existencial, muitas opções.

 

Outro fator é que o tempo não é elástico. Quando jovens, sequer lembramos-nos de sua existência, pois “eu tenho todo tempo do mundo”. Decorrido este, nosso relógio biológico vai avisando que não temos mais muitas oportunidades para errar, ou seja, o racional suplanta o emocional. Os sonhos não encontram mais muito espaço.

 

Sonhar é coisa de jovem!

 

Sonhar é coisa de jovem?

 

Tem um trecho na Bíblia que diz que quando o Espírito Santo for derramado sobre as pessoas “os velhos sonharão”… Este trecho é muito interessante, pois o autor em seu discurso começa a inverter as características próprias dos jovens e dos velhos.

 

Alguém já disse: “…nunca roube o sonho de ninguém, pois esta pode ser a única coisa que ela tenha…”.

 

Lembro-me de quando eu era criança. Como eu era parecida com as demais… Como eu sonhava! Em minha imaginação eu criava um futuro brilhante para mim, cheio de coisas boas. Alguns anos e cicatrizes mais tarde eu perdi a capacidade de sonhar. Isto aconteceu num momento especialmente difícil, no qual as muitas perdas massacraram minhas esperanças, inclusive entrei em depressão. Não via em minha frente razões que pudessem justificar a minha existência e não sonhava mais, nem dormindo, nem acordado.

 

Creio que um dos grandes milagres que de Deus em minha vida foi a minha reabilitação onírica. Se estou usando este computador ou a internet, foi porque pessoas sonharam em criar novas tecnologias. O mundo roda em função dos sonhos de alguns.

 

Você e eu rodamos quando sonhamos e ficamos estagnados quando este vai embora.

Não perca a sua capacidade de sonhar. Brigue com si mesmo para manter esta capacidade acesa! Caso ela esteja adormecida “desperte seus sonhos”. O Espírito Santo permite que velhos sonhem. Veja quantas pessoas construíram coisas interessantes já em idade avançada! Seria até enfadonho citar algumas destas pessoas aqui.

 

Se o medo nos paralisa, o sonho nos dá asas!

Gostaria que você assistisse este filme, que tem muito à ver com o que estou dizendo e está sendo o grande hit da internet nesta semana. Imagine: Uma senhora escocesa interiorana que não teve grandes oportunidades na vida porque viveu para cuidar de sua mãe doente – nunca sequer teve um namorado! Uma vida desperdiçada? Mas, apesar de tudo, ela sempre teve um sonho: ser uma cantora profissional. Nunca desistiu deste sonho impossível. Neste filme ela conta o seu sonho e, claro, é ridicularizada publicamente. Mas veja o que aconteceu depois.

 

Ainda bem que Susan, mesmo no alto dos seus 47 anos de idade não desistiu do seu sonho. Não desista você dos seus.

O filme é antigo e manjado; mas para quem ainda não conhece, é imperdível.

Britain’s Got Talent 2009 – Susan Boyle por glide64

*Momento exegético-hermenêutico:

Questionado por um leito, apresento esta linha de raciocínio: Estivesse você hoje numa floresta, sem ferramentas de metal, sem noções construtivas de habitação, o que você preferiria para melhor alojar-se: uma árvore ou numa caverna? Claro que a segunda opção é mais adequada para uma pessoa que usa racionalmente o telencéfalo altamente desenvolvido dado por Deus. Não há dúvida que Adão, inteligente como era, preferiu a praticidade, segurança e o conforto de uma caverna do que viver em ávores ou arbustos, como um macaco.



SOBRE CABELOS, OMBRELONES E GALINHAS.

Simone conheceu seu cabeleireiro há mais de duas décadas. Era um estrangeiro alto, loiro, lindo, que ainda não falava português e assim como nós, era jovem… Simone gostou tanto do jeito que ele acertou o cabelo dela, que nunca mais o largou. Assim o Frederick Fick se tornou uma instituição familiar. Minha filha só corta cabelo com o Fred. Meu filho vem de São Paulo para cortar cabelo com o Fred. Apenas eu, que também amo o amigo Fred, não faço tanta questão, e corto em qualquer lugar. Fred se tornou um amigo íntimo da família.

 

Hoje, após eu e Simone estarmos livres e limpos da COVID, fomos ao Fred para Simone poder dar um tapa em suas assumidamente brancas madeixas. “Fred, e como está sua saúde?”, perguntei. Ele bem-humorado como sempre revelou: “Estou bem sim! Mas este ano tive que retomar a quimioterapia, pela segunda vez. Já disse ao médico que, se desta vez não der certo, não farei mais o tratamento e deixarei acontecer o que tiver que acontecer. Não deu certo na primeira, e se não der certo na segunda tentativa, é para não dar certo mesmo e…”

 

Fitei-o nos olhos profundamente, sem palavras, admirado pela coragem. Ele completou. “Talvez seja um teste pelo qual eu estou passando”. Eu disse, talvez sim, talvez não Fred. Talvez não seja teste algum. Talvez seja apenas a vida mesmo. Alguns viverão 90, outros, 80, ou 70, 60… ou 50. Talvez seja apenas o ciclo da vida mesmo. Não existe uma lógica nisto. Com as mãos nos cabelos da Simone e com olhar ainda fixo em mim, chorou. Sim, viver exige coragem. Adoecer também. Morrer também.

 

Admiro o jeito que o Fred leva sua vida. Como qualquer pessoa culta e sofisticada, ele é simples nos hábitos e sabe admirar a trivial beleza do momento. Orei com ele no final do corte de cabelo. Pedi a Deus sua cura e creio que ele viverá. Ele chorou novamente. Tenho certeza de que suas lágrimas subiram aos céus como uma doce prece!

 

No início do mês minha filha nos ligou para contar algo inusitado. Ela disse que no café-da-manhã, conversando com seu marido, Stevan, concordaram que precisavam de um ombrelone para o quintal. Estavam mesmo decididos que esta seria uma aquisição importante por conta da recém-inaugurada piscina. No mesmo dia, já no café da tarde, uma amiga liga para minha filha e diz: “Luciana, você quer um ombrelone novo de presente? Um amigo está se mudando de país e vendendo tudo. Porém, o ombrelone novo ele está doando e lembrei-me de você!”. Tenho certeza que o desejo matutino se converteu numa prece, atendida no vespertino.

 

Minha mulher disse há pouco tempo que gostaria que eu comprasse para nosso quintal uma galinha d’angola, pois elas são predadoras naturais de animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões, etc). Ensaiei esta aquisição, porém, não o fiz. Até que, esta semana, simplesmente apareceu uma ruidosa galinha d’angola no quintal, vinda não sabemos de onde. Jurema, como Simone a batizou, está feliz, correndo de um lado para o outro, se alimentando de insetos indesejados por nós. Será que a conversa da Simone foi uma prece aos céus?

 

Tem um relato bíblico que mexe comigo:

“Por esse tempo, o rei Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías foi visitá-lo e disse: O Senhor Deus diz: “Ponha as suas coisas em ordem porque você não vai sarar. Apronte-se para morrer”. Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou assim: “Ó Senhor Deus, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse”. E chorou amargamente. Isaías saiu do quarto em que o rei estava, mas, antes que tivesse passado pelo pátio central do palácio, o Senhor Deus lhe disse: Volte e diga o seguinte a Ezequias: “Eu, o Senhor, o Deus do seu antepassado Davi, escutei a sua oração e vi as suas lágrimas. Eu vou curá-lo, vou deixar que você viva mais quinze anos. Livrarei você e esta cidade do rei da Assíria. Então Isaías disse: Ponham uma pasta de figos em cima da úlcera do rei, e ele ficará bom.” (II Reis 20:1-7)

 

Um choro sincero que rendeu ao chorão mais quinze, quinze anos de vida! E evitou uma invasão Assíria no país. Que Deus é este? Ou melhor: que oração de cinco minutos foi esta?

 

Muita gente tem partido nestes tempos de COVID. Dos quase meio milhão de óbitos registrados até quando este texto foi escrito, apenas 5% são de pessoas abaixo dos 40 anos de idade, ou seja, 25 mil “jovens” ceifados. Creio que todos estes jovens tenham sido alvo de algum tipo de oração. A pergunta incômoda para muitos é: Qual o critério de Deus para ouvir uma súplica pela vida de alguém? Se a pessoa alvo da nossa oração falece, é porque Deus não ouviu a oração, porque não oramos direito ou porque Deus não existe mesmo? Particularmente entendo que uma oração não atendida, ou a morte de alguém querido, é paradoxalmente uma crise muito maior para quem não crê em Deus (nem na oração) do que para quem crê.

 

E assim a gente segue, ganhando ombrelone por desejá-lo e recebendo galinha d’angola por almejá-la. E a vida do Frederick Fick? Eu tenho certeza que o Fred ficará com a gente por muito tempo. Ele ainda tem muitos cabelos para cortar nesta vida! E, se ele partir, tenho certeza que quem sofrerá seremos nós, os que perderemos o trem.

 

Luciano Maia,  a 4 meses da próxima chuva de 2021.




O PARADOXO DAS LÁGRIMAS.

 

O verdadeiro sorriso nunca engana, ele é bem sincero. A externalização no rosto do que está acontecendo dentro da alma, refletindo pro mundo a alegria que inunda o ser. Mas o choro é diferente. O choro não é óbvio, sendo até paradoxal. Se o choro fosse uma pessoa, possivelmente ele seria diagnosticado com esquizofrenia, pois podemos chorar de dor, de tristeza, de angústia, medo ou fraqueza. Mas também podemos chorar de felicidade, emoção, alívio, gratidão, prazer… Acabei de cair no choro. Chorei como criança! Não me contive…

 

Fui um jovem que não chorava. Foram tantas as agruras da infância e adolescência que gastei meu estoque de lágrimas bem cedo na vida e por defesa da alma, acabei criando uma crosta bem grossa que impedia as emoções de brotarem à flor da pele, assim me identificava com os versos de Andrea Doria que dizia: “Nada mais vai me ferir! É que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui e com a minha própria lei. Tenho o que ficou, e tenho sorte até demais…” (Renato Russo).

 

Mas houve um tempo em que estas lágrimas represadas na barragem da vida transbordaram sem controle, rompendo tudo, como em Brumadinho… Santo acidente, provocado pela descomunal força das águas do Espírito Santo. Voltei a chorar… Deus foi retirando aquela crosta de rejeitos da alma sofrida e de repente tudo correu, inundou e escorreu…. sem limites! Assim, me converti num chorão, até que aprendi com o próprio Espírito que já estava bom de extremismos… Autocomiseração também é uma doença. Por fim o efeito pendular (que me levou de um termo ao outro) foi se equilibrando, o pêndulo foi parando, fui me curando dos extremos.

 

Como disse, acabo de cair no choro! O melhor dos choros, que é o choro de alegria e emoção. Minha alma não conseguiu conter o que estava represado. Hoje é o oitavo dia que estou diagnosticado com COVID-19. Passei toda semana quarentenado no meu quarto, sem olfato, sem contato físico com minha esposa e sem visitas. Considerando as fatais notícias que lemos diariamente na imprensa, passei até feliz com os sintomas não tão severos. Estar trancado num quarto confortável com Whatsapp, Netflix e Youtube nos permite um nível de distração que a humanidade simplesmente desconhecia até ontem. “A vontade de viver mantém a vida de um doente, mas, se ele desanima, não existe mais esperança” (Provérbios 18:14).

 

Tudo transcorrendo tão bem que eu só agradecia a Deus entre os litros e litros e litros de água para manter-me bem hidratado. Desci para me aliviar e… Pimba! Senti o mais maravilhoso dos aromas que a minha memória poderia alcançar… Chegou às minhas narinas o indescritível cheiro do almoço que Simone preparou pra mim. Bateu forte, intenso, agudo. Como eu jamais tinha observado ou apreciado. Mesmo com a máscara, o cheiro dos temperos foi tão abundante que o senti no mais profundo do meu cérebro… Inexplicável! Como se nunca tivesse sentido aqueles aromas antes! Narina virgem. O cego que enxerga pela primeira vez! Invadiu-me completamente! Instantaneamente, sem controle, como criança, caí no berreiro! Emocionado com aquele cheiro sublime, magnífico, excelso, supremo, extraordinário, glorioso, milagroso, prodigioso! Sim… Me falta um adjetivo superlativo que exprima o que senti! Transbordei em lágrimas… Talvez por lembrar dos muitos que não tiveram o mesmo fim e já estão noutra vida. Talvez por perceber que sobrevivi a esta doença cruel. Ou talvez apenas pelo simples fato de constatar que a vida é muito, muito simples… E que sentir cheiro é algo inestimável, que no cotidiano, nem sempre prestamos a atenção devida. A vida é um milagre!

 

“Existem apenas dois modos de viver a vida: um é como se nada fosse milagre; o outro é como se tudo fosse um milagre. Eu acredito no último.”

Albert Einstein.

 

Sou um cara que presta muita atenção na existência. Reflito nos detalhes. Curto os prazeres da vida profundamente. Não morrerei com a culpa do pecado de não ter curtido o dom da vida, presente que Deus nos deu!  Aproveito do sexo intensamente. Curto sem reservas os aromas de uma taça de vinho. Aprecio cada o pôr-do-sol como se fosse o último. Deixo meu corpo vibrar na batida e nas notas musicais de canções profundas. Não deixo de criar oportunidades para degustar o hoje, como se fosse o meu último dia. Papai do Céu sabe que estou prontinho para morrer, hoje. Se ele me quiser lá com Ele: bênção! Se ele quiser me deixar aqui mais uns quarenta anos: bom também! Hoje recebi uma daquelas recicladas mensagens de auto-ajuda de internet declamando que “nós temos que aproveitar mais a vida…” Nem lí até o final e proferi em voz alta: “Nós não! Fale por você! Eu já aproveito a minha vida!”

 

Deixo a COVID-19 de forma óbvia – pronto para cumprir ainda mais severamente a instrução bíblica:

“Portanto aconselho que se desfrute o melhor que a vida pode proporcionar, porquanto debaixo do sol não existe nada mais feliz para o ser humano do que simplesmente comer, beber e alegrar-se. Essa é a felicidade que nos ajudará a superar os difíceis dias de trabalho durante todo o tempo de vida que Deus nos conceder debaixo do sol!”

Eclesiastes 8:15.

 

Luciano Maia

Outono’21

 




A Juventude da Fé

A fé, em geral, é um ponto de apoio, espécie de porto seguro. Mas, para além disso, ela é a capacidade de sermos usados como agentes de Deus nas relações interpessoais.

Em outro aspecto, a juventude tende a fragmentar-se em várias “tribos”, que buscam pela genuína felicidade que não necessita de registro (#postei) e sim de vontade de vivê-la. Desse modo, para o Reino, quem pode gerar um impacto maior: A Juventude da fé ou a Fé da juventude?

Como um “cristão de berço”, sempre me pego nesse dilema, visto que Cristo demonstrava a sua juventude através da propagação das Boas Novas. Fico fascinado como a mensagem propagada por ele foi capaz de transcender e alcançar vidas até os dias atuais. Como é magnifico ver que uma mesma narrativa possa atingir diversas “tribos”, sendo apropriada por elas e transformando-as ao mesmo tempo. É  simplesmente algo único! Uma verdadeira clausula pétrea na lei da vida.

Acredito que devemos adotar a Juventude da fé, pois nos permite transbordar a essência da luz do mundo e sal da terra, mesmo sem falar explicitamente das boas novas, o cristão irradia sua convicção de fé para tudo e para todos a sua volta. É algo que se une ao seu modo de ser.

Deste fato surge a questão mais importante de um jovem, a necessidade de pertencer ao momento único, viver e vivenciar. A forma mais simples e prática de superar essas necessidades é fazer amigos, criar o seu networking. Desse ponto, o papel do ser cristão passa por sua guinada significativa, dando origem ao ser missional.

A missão visa muito além de apenas propagar o evangelho. Tem a essência na conexão interpessoal (vínculos, intimidade). Tenho como convicção que a vida é feita por ciclos, que no decorrer dos anos se alteram, causando pequenas mudanças, as quais se refletem na essência de quem somos e como expressamos nossa fé.

Quando começamos na caminhada, fixamos nos famosos sábados, domingos, feriados ou dias especiais para cada religião. Mas, com o passar do tempo mudamos o nosso ciclo para começar a desenvolver um ministério ou até mesmo só ter um pouco de conhecimento de a respeito da fé. Depois, rompe-se este ciclo e surge o dos questionamentos ou para outros a propagação das boas novas.

Esse último ciclo não é o derradeiro da caminhada cristã, mas é o mais importante no meu ponto de vista. É justamente ele que causa o abandono ou rejeição à caminhada, uma vez que os questionamentos para jovens “cristãos de berço” surgem como barreiras para a realidade do cotidiano e a realidade da sua criação, fazendo-o se defrontar a cruz ou a espada, literalmente.

Por outro lado, aqueles que vão ainda “verdes” na postura missional causam a repulsa por parte de quem não tem intimidade com Cristo ou que perdeu o seu Norte na caminhada, retomando novamente ao ciclo dos questionamentos.

Questionar faz parte do ser humano! Tudo que fazemos se esbarra, mesmo que inconsciente ou indiretamente, em um questionamento. Esta é uma característica da natureza humana. A partir dos questionamentos e após o apogeu da juventude, vem a temida e cobiçada “maturidade”. Ser maduro é algo único para desenvolver todas as áreas da vida, nos permite identificar os momentos adequados para dialogar, se fazer presente, se fazer ausente, se impor isso revela que o ser humano é um ser social dependente de pensamentos e ações.

Logo, a Juventude da fé deve se basear na busca por relações reais e únicas, essa definição corrobora a representação do ser missional. Por isso, sempre que tomar a decisão de buscar essa terminologia deve ter a consciência da sua maturidade e buscar sempre o crescimento. É nítido que ao mesmo tempo que acrescentamos ou que entramos no ciclo da vida de outra pessoa somos impactados, as vezes de formas incalculáveis! Então, desejo que consigamos ser jovens fervorosos, a fim de desfrutar os momentos únicos e genuínos de alegria nas relações.

Por Alexandre Marques Leite