Eu sorri e disse para ele que não era para ele encher o baldinho com água dentro de casa, porque a sua mãe não iria gostar e que esse ato iria ter as consequências, mesmo eu deixando de olhar.
Hoje eu fui tomar banho e John Victor, meu filho de 3 anos, também entrou banheiro para lavar as mãos, mas depois que ele lavou as mãos, ele queria brincar com água e encher um baldinho com água para brincar dentro de casa com a água, dai eu olhei pra ele e ele me disse: Não olha Pai!
Eu fiquei imaginando minha vida com meu Pai Celestial, o Deus criador de tudo, e quantas vezes eu olhei para Ele, como John me olhou e disse, Não olha Pai… Já disse para meu Pai celestial não olhar para mim, quando não estava mais querendo fazer parte da missão, quando não estava mais querendo ir `a igreja e ter comunhões com os irmãos, e mais outras vezes.
As vezes acredito que muitos de nós somos como John Victor, e na inocência da nossa existência, não importando a idade que estamos, sempre seremos essa eterna “criança” diante de Deus-Pai, o Pai relacional, que está ali conosco, mesmo dentro do banheiro; nos acompanhando em todos os instantes das nossas vidas, mesmo nos momentos em que queremos, pecar, desistir, fugir, mudar de rota e mesmo quando pedimos para Ele não olhar para nós .
Não importa em que fase da vida você esteja, talvez em algum momento você já pensou em desistir, em não fazer o que Deus tem para sua vida, talvez já tenha abandonado o que Deus te deu para cuidar, como sua família, sua casa, sua empresa, seus amigos, sua igreja, mas mesmo assim, esse Deus Pai, amoroso, cuidador, relacional estará sempre ali presente para te orientar e te falar que mesmo que Ele não olhe, vai ter sempre a Mae-consequência, ali para te cobrar os resultados das suas escolhas, mas que essas consequências, não serão castigo, mas apenas uma ordem natural da vida com liberdade para escolhas e consequências.
Joberson Lopes, Valparaiso de Goiás, 04/06/20.
Originalmente publicado em https://ferreirodedeus.com.br/