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Até onde vai a Soberania de Deus e o meu Livre-Arbítrio?

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“Lembrem-se das coisas passadas, das coisas muito antigas! Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu.” – Isaías 46:9

 

Hoje me questionei sobre algo que eu mesmo havia dito há pouco tempo. No Café com Deus de domingo passado, falando sobre minha conversão, eu disse que Deus já vinha me chamando para servi-lo há muitos anos, mas que eu o negava. E que Ele respeitou a minha vontade e o meu livre-arbítrio até quando eu, tomado por um sentimento irresistível, não pude mais me esconder Dele e decidi então entregar minha vida em Suas mãos. Meu questionamento surgiu enquanto eu lia sobre a soberania de Deus e me pareceu que era um total absurdo, de uma petulância ímpar, uma verdadeira heresia, dizer que eu teria qualquer poder para “negar” a vontade Deus, ou que Ele havia “respeitado a minha vontade”, ou que eu próprio teria tido o poder para “decidir entregar minha vida em Suas mãos”. Mas antes que eu pudesse me arrepender do que havia dito, achando que se tratava de uma asneira sem tamanho, Deus tocou meu coração e me mostrou que as coisas não são tão simples assim, nem para um lado, nem pra o outro.

 

A soberania de Deus é um ponto pacífico e fundamental do cristianismo. Ainda assim, não é um tópico de fácil compreensão. Apresentada de forma prática nas profecias, na eleição e na predestinação, a soberania divina é resultado de alguns dos atributos intrínsecos e incomunicáveis de Deus: onisciência, onipresença e onipotência.

 

É pelo reconhecimento da soberania de Deus que, no passado, eu questionava Seus desígnios: “Porque Deus criou satanás, sabendo que cairia? Porque o deixa tentar a humanidade? Porque criou Adão e Eva, sabendo que dar-se-iam ao pecado?”. Ou ainda, de forma mais prática: “Porque Deus deixou acontecer aquele ato terrorista? Aquele terremoto terrível? Aquele acidente fatal? Porque deixou aquele bandido matar um inocente? Ou aquela criança morrer de câncer? Porquê?”

 

Para responder perguntas como essas precisamos estudar um outro conceito: o livre-arbítrio, que nos torna conscientes de nossos atos, consequentemente responsáveis por nossas escolhas e suas consequências.

 

Dicotomia discutida a fundo desde o início no séc. V entre Agostinho e Pelágio (com ramificações nos dias atuais), mesmo que pareçam conceitos opostos, a soberania de Deus não é anulada diante da liberdade que o Criador dá ao homem, pois é da vontade Dele que o homem seja livre: o que só acontece verdadeiramente quando a nossa escolha vai ao encontro da vontade de Deus (Romanos 6).

 

Ao mesmo tempo, a vontade consciente do homem é um fato, não se tratando de um simples engodo ou artimanha. Em suma, Deus, em Sua soberania, escolhe nos deixar livres para que, criados à sua semelhança, também possamos exercitar o poder de escolha, mesmo Ele já sabendo o que iremos escolher, pois o Deus eterno, em sua onisciência, se encontra além do tempo, além da física, além da própria criação. Assim, a predestinação não acha conflito com a vontade do escolhido.

 

Imagine Deus tendo que procurar outro Ananias, porque Paulo, em uma visão, enxergou um homem de nome Ananias orando por ele (Atos 9:10-18) e o primeiro Ananias que o Senhor procurou, tinha negado em fazer conforme a Sua vontade. Por mais que essa possibilidade seja cômica e pudesse gerar uma bela esquete de humor, algo assim nunca aconteceria, pois o Senhor conhece nossos corações e sabe todas as nossas escolhas, assim, desde o princípio, tinha que aquele Ananias responderia ao Seu chamado, mesmo que não o faça sem hesitação.

 

Perceba que Jesus aceita nossas escolhas. Cristo cura quem quer ser curado, mesmo que não saiba explicar a benção que busca (João 5:6). É preciso querer, é necessário crer, é fundamental que se tenha fé para que o milagre aconteça (Atos 14:9).

 

Mesmo que, a primeira vista, a soberania de Deus possa parecer incoerente com a liberdade do homem, o maniqueísmo desaparece à luz do amor de Deus por nós. Assim, a resposta para todos aqueles questionamentos acerca da vontade soberana de Deus é, a meu ver: “Por amor”. Tudo que acontece ou deixa de acontecer é pelo amor de Deus pela criação. Por cada um de nós. E você pode perguntar “mas então é por amor que Deus deixa uma pessoa matar a outra?”, e a resposta é sim, exatamente. “E é por amor que Deus deixa uma tragédia natural ceifar vidas?” e a resposta é que, mais que isso, Ele não só deixa, como Ele causa a tragédia que ceifa vidas. “E é porque o ama que Deus deixa um inocente morrer?”, e a resposta é que sim, e também que, na verdade, nenhum de nós é realmente inocente.

 

É fundamental reconhecer que somos maus. O ditado “de boa intenção o inferno está cheio” provem do simples fato que por vezes causamos o mal até quando achamos estar fazendo o bem. E cada um sabe o mal que seria capaz de fazer se não houvesse leis, códigos de conduta moral e, principalmente, a graça de Deus em nossas vidas.

 

Se entendermos que o mal é como a escuridão, não existindo por si só, mas surgindo a partir da ausência do bem, assim como a escuridão é simplesmente ausência da luz, podemos concluir que o mal nada mais é que o delta da distância entre Deus e cada um de nós. Talvez alguns mais distantes que outros, mas todos extremamente distantes.

 

Desta forma, compreendo que somos maus porque Deus nos ama. Porque Ele nos permite sermos nós mesmos e portanto, maus. Já que, por uma questão de lógica, se eu fosse bom eu não seria eu mesmo, mas o próprio Deus, já que Ele é o único verdadeiramente bom (Marcos 10:17-18). Por isso, quando Jesus nos pede para tentarmos ser como o Pai (Mateus 5:48) é para mirarmos no centro do alvo para quem sabe acertarmos ao menos na parte mais externa da borda, o que para nós já seria impossível, se não pela graça de Deus. Penso que é por Seu amor inexplicável, que Ele nos deixa ser quem somos, apesar de tudo.

 

Stevan Maia de Camargo Corrêa.

Outubro/21

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Viva com prazer!

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Quando se fala em “prazeres” no contexto religioso, imediatamente o senso comum vincula esta palavra ao pecado. Afinal, são anos e anos, catecismos e catecismos, sermões e sermões, por meio dos quais se sedimentou a fixa ideia que prazer é algo carnal, e, portanto, pecaminoso, reprovável e que religião, ou Deus, é algo duro, rígido e, assim, a antítese do prazer!

Carne é pecado!

Neste contexto, se queremos prazer, fugimos de Deus, pois entendemos que uma coisa não anda de mãos dadas com a outra. Seguindo a mesma percepção, se queremos nos aproximar de Deus, tentamos largar de lado o que nos dá prazer, mesmo que hipocritamente.

Carne é pecado?

Ao se seguir à risca este raciocínio, a humanidade ocidental criou um tipo de religiosidade atrofiada que tem adoecido a sociedade por séculos e afastado as pessoas de qualquer relação honesta com o Criador.

Isto posto, na lógica que todo prazer é pecado, bem como que “carne é pecado”, podemos inferir duas suposições:
• Ou foi o diabo quem criou a carne (o corpo e todos os prazeres relacionados a ela);
• Ou Deus é um sádico, que criou a carne e seus prazeres para fazer o homem sofrer de culpa (morrendo de medo ou de Deus ou do inferno).

Mas, se “Deus é bom”? Como pôde Ele ter criado o prazer? Só para nos causar medo e insegurança quando perto Dele, ou Dele nos afastarmos por culpa? Este é o arquétipo de um Deus bom, ou de um Deus mal?

A religião cristã é douta em meter medo. Aliás, muitos pastores e padres parecem estar contando estórias de terror quando falam deste “Deus de amor” que castiga e mata. Não são poucos os que seguem uma religião não por amor a Deus, mas por medo de Deus (ou em última instância, por medo do Diabo, funcionário de Deus).

Isto tudo é doentio! Mas se você está chocado com o que leu até agora, gostaria que você se desse a chance de ler o artigo até o final.

JARDIM DAS DELÍCIAS

A palavra Éden significa Jardim das Delícias! Se fosse só um jardim, já seria uma delícia: jardim é algo que dá prazer… Aromas, pássaros cantando, lindas flores, sol na pele e a doce fruta fresca apanhada no pé… Todos os cinco sentidos carnais (dados por Deus) sendo massageados… É o apogeu do prazer! É a carne (físico) alimentando a alma (emoções). Contudo, não era apenas um jardim, mas um de-li-ci-o-so jardim. Cheio de delícias! Um Éden!

Não foi o diabo nem o homem quem criou todos estes prazeres! Ali também tinha sexo! E, para o escândalo dos religiosos, era ao ar livre!

Conforme o relato do texto no Gênesis, o pecado original não tem nada a ver com sexo. Também não tem nada de original, pois tem a ver com desobediência a Deus e vaidade: os dois pecados que, paradoxalmente, continuam levando os religiosos para fora de uma vida de prazeres.

Fazer o que Deus nos pede não nos tira os prazeres da vida. Mas não seguir as orientações de Deus é que nos trará sofrimentos inúmeros, nos limitando uma vida de prazer.

PRAZER SEXUAL

Não! Deus não criou a relação sexual apenas para procriação, mas também para nos dar prazer! Sexo bom é sexo que dá prazer! Se você não tem prazer na relação sexual com seu cônjuge, aconselho os dois procurarem um médico ou um terapeuta. Se Deus não quisesse que houvesse prazer sexual, simplesmente não teria criado o clitóris: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era tudo muito bom!”

“Por isso Sara riu por dentro e pensou assim: — Como poderei ter prazer sexual agora que eu e o meu senhor estamos velhos?” (Gênesis 18:12). A lógica é simples: se Sara não tinha mais prazer sexual com Abraaão porque estava velha, significa que sentia prazer antes, quando era nova.

“Como você é linda, minha querida! Como você me dá prazer!” (Cantares 7:6). Esta é uma frase bíblica que deveria estar na boca de todos os cônjuges…

PRAZER EXISTENCIAL

O Espírito Santo de Deus inspirou o Rei Salomão a escrever na Bíblia o seguinte:
“Assim, eu compreendi que não há nada melhor do que a gente ter prazer no trabalho. Esta é a nossa recompensa. Pois como é que podemos saber o que vai acontecer depois da nossa morte?” (Eclesiastes 3:22).
Imagine: se trabalhamos oito horas diariamente e este é o nosso principal tempo, quão desgraçada é a pessoa que não sente prazer no que faz? Mais que um castigo, trabalho deve ser uma alegria e um prazer. Se você está profissionalmente infeliz, ore e busque maneiras concretas de mudar este cenário.

Mas Salomão foi adiante, e como um bom filósofo a serviço de Deus, declamou esta ode ao prazer:
“Por isso, estou convencido de que devemos nos divertir porque o único prazer que temos nesta vida é comer, beber e nos divertir. Podemos fazer pelo menos isso enquanto trabalhamos durante a vida que Deus nos deu neste mundo.” (Eclesiastes 8:15).
Sim, isto não apenas está escrito na Bíblia, como se tornou um estilo de vida judeu – um povo festeiro e dançarino, que sempre soube celebrar a vida com suas muitas festas.

Deus já aceitou você (por intermédio de Cristo). Ele aceitou você como é, não você como deveria ser, pois você jamais será como você deveria ser… A verdadeira religião é viver uma vida que agrade a Deus, amando a si mesmo, amando a vida – que é um presente de Deus – e amando as pessoas. Resumindo: Deus quer que tenhamos uma vida que nos dá prazer e que dê prazer para aqueles que conosco convivem:
“Portanto, vá em frente. Coma com prazer a sua comida e beba alegremente o seu vinho, pois Deus já aceitou com prazer o que você faz.” (Eclesiastes 9:7)

“Consegui tudo o que desejei. Não neguei a mim mesmo nenhum tipo de prazer. Eu me sentia feliz com o meu trabalho, e essa era a minha recompensa.”: Para os religiosos este versículo bíblico de Eclesiastes 2:10 beira a heresia, já que religião e Deus têm estado tão distantes.

EXCESSOS

Creio que muitas vezes os religiosos, quando execram os prazeres, estão querendo na verdade amaldiçoar os excessos. Nesta falta de discernimento, coam mosquitos e deixam um camelo inteiro passar despercebido. No afã de controlar excessos, controlam tudo! Entendo que algumas pessoas são mesmo descontroladas, mas não é o caso de todas as pessoas! Se você não consegue se controlar, não significa que o outro seja assim como você!

De fato, os excessos são mesmo condenáveis. Todo excesso é pecado! Até excesso de igreja é pecado. A Bíblia nos ensina:

Posso beber. Só não devo embriagar-me! (A embriagues não apenas faz mal a si mesmo, como também a todos os que estão por perto, principalmente os familiares.)

Posso comer. Só não devo entregar-me à glutonaria! (Comer muito é um pecado que no meio religioso não é considerado mais pecado. Alguns pastores que eu conheço até fazem competição em churrascaria… Uma carnalidade relativizada e permitida.)

Posso transar. Mas não devo ter um estilo de vida no qual o sexo ocupe uma posição central. (Mais que uma punção biológica, sexo em excessivo pode demonstrar um desequilíbrio emocional-afetivo, um parafuso que está solto em algum lugar da alma…)

Posso me divertir, mas AMAR o entretenimento, AMAR a televisão, AMAR a internet, AMAR o cineminha e colocar estas coisas antes das demais é um caminho ruim… Amor é exagero. Todo excesso é ruim. O mesmo Salomão que nos instiga a viver com prazer, nos adverte que o amor aos prazeres (ou seja, os excessos), são um pecado:
“Quem ama os prazeres passará necessidade; quem ama o vinho e a boa comida nunca ficará rico.” (Provérbios 21:17).
Este versículo não elimina o que Salomão disse antes, mas ele procura alertar o seguinte: excessos empobrecem!

Recebemos uns novos amigos aqui em casa esta semana e foram momentos de muito prazer! Minha esposa preparou um salmão espetacular para servi-los e sobrou algumas postas. Agora eu vou jantar este salmão maravilhoso: hora do prazer! Estão servidos?

Luciano Maia

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Madeline Sharafian, uma estudante da Universidade de Artes da Califórnia, acaba de lançar seu curta, intitulado como “Omelette”. O vídeo conta a história de um homem deprimido que, ao chegar em casa, é recebido pelo seu cãozinho que, discretamente, ajuda-o a fazer um omelete. Segundo a autora, o vídeo tem relação com a sua família, que um ajuda a cozinhar e fazer comida para o outro.
Viva com mais prazer!

 

 

 

 

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Por que o justo sofre?

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A vida de Jó sempre me fascinou.
Existem muitos aspectos de sua existência que podem ser analisadas e discutidas, mas tem uma coisa que me chama muito a atenção: Porque o justo sofre?
Nos é contado que Jó era o cara mais temente ao Senhor em toda a face da terra! Uau!!! Mereceria o Oscar de Melhor Bonzão! Ou o Nobel da Bondade Eterna!

Jó é descrito como um cara próspero, rico mesmo, mas que não punha o seu coração nas riquezas. Um cara que se preocupa com a família. Orava e fazia sacrifícios pela família, ajudava os necessitados, se afastava do mal e tudo o mais que todos nós gostaríamos de ser e de fazer mas que não somos e nem fazemos. Jó era o “orgulho” de Deus!

Mas Jó perde tudo, todos os bens, todos os filhos, todos os empregados. Fica pobre porque Deus deixa Satanás tocar o terror na vida dele. Tudo o que Jó disse para a vida foi o seguinte: “Eu vim pelado a este mundo… Vou voltar pelado de onde eu vim. Deus me deu as coisas, Deus me tirou. Louvado seja Deus”

Finalmente, perde também a esposa e a saúde e vira um escândalo público: “Coitado do cara…”, alguns diziam. Outros ainda:
“_Há! Mereceu! Sempre achei ele um cara metido”;
“_Nossa, Deus é justo, porque este Jó era muito chato”;
“_Aposto que Ele é um pecador e está colhendo os frutos dos seus erros: Lei da ação e reação… ”; “_Deus é justo. Tem pecado aí”;
“_Agora ele está tomando uma lição da vida. Bem feito”;

Nossa… quantos “amigos” Jó tinha!

O ser – humano tem disto, muitas vezes nos alegramos com nossas vitórias, mas muitas outras nos alegramos com as derrotas alheias, sentimento fruto da maldade humana. A inveja é mesmo uma m…

O que foi que Jó realmente fez para merecer o seu infortúnio? A estória nos conta que nada, além de ser muito bom! Se Jó não fosse lá tão bom assim, Deus não o perturbaria, mas não deixaria que o mal o tocasse. Mas… Jó era bom. Um homem bom e Deus sabia que Jó, mesmo ante os infortúnios da vida, jamais O negaria, ao contrário, Jó não amaldiçoaria Deus jamais, posto seu coração não estar nas coisas, mas em Deus.

Para Jó o que importava era ter Deus no coração e não dinheiro em conta corrente ou saúde para dar e para vender na promoção. Satanás acusou Jó de somente amar Deus em razão da boa vida que ele tinha. Deus pagou pra ver: “Satanás, pode tocar na vida dele á vontade. Você vai ver que o coração de Jó, Satanás, não está nas coisas que a vida concedeu de bom a ele, mas o coração Dele está no que é eterno”. Sim, Jô amava deus acima de todas as coisas.

A estória nos conta que Jó sofreu muito e morreu sem entender o que havia acontecido na vida dele, mas, mesmo sem respostas, jamais negou Deus.

Teve um período da minha vida em que me sobreveio doença e infortúnio, não como Jó, mas num grau muito inferior ao sofrimento deste personagem. Lembro-me que eu me perguntava porque Deus estava permitindo aqueles acontecimentos… Nunca obtive respostas claras de Deus. Contudo, muitas pessoas tinham suas opiniões claras sobre o meu caso, mesmo que díspares entre si. Até hoje não tenho respostas claras, apenas pistas. Uma coisa sei, um dos resultados foi o fato de Deus ter me tornado um pastor. Deus faz costuras que nem suspeitamos. Se este foi o único objetivo, creio que tenha valido a pena.

E meio ao meu sofrimento, lembrava de Jó e pensava: Se minha vida a Deus pertence, que Ele faça dela o que achar melhor.

Não vale à pena reclamar da vida.

No final da vida, Jó diz o seguinte a Deus: “Antes eu conhecia você de ouvir falar, mas agora de andar com você”. Vamos voltar à pergunta inicial: Porque o justo sofre? As razões podem ser muitas, mas a dor amolece o nosso coração e sempre nos transforma numa pessoa melhor e mais humana, mais sensível ao sofrimento alheio e menos arrogante.

Eu tenho muito ainda o que aprender, mas uma coisa eu sei: Deus é soberano sobre todos os acontecimentos da nossa vida e o que quer que ainda me aconteça nesta vida, somente me transformará numa pessoa menos pior.

 

 

Luciano Maia

 

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Por falar em sofrimento, o serviço militar já foi sinônimo de sofrimento para muita gente. Eu mesmo me lembro do terror que foi pra eu conseguir uma “dispensa” há 25 anos atrás.

Para quem acha o serviço militar um sofrimento, lá vai um vídeo bem engraçado!

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=u1Et2iAptiY]

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EU TAMBÉM APRENDI.

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Lembro-me no início de minha vida como discípulo de Jesus de Nazaré, eu devia ter uns dois anos de cristão praticante e uns 21 anos de idade, quando bati com o veículo da empresa e fui duramente confrontado pelos meus sócios quando disseram: “Este é o seu Deus? Se Deus estivesse realmente contigo você não teria destruído o carro da firma. Este papo de crente não faz sentido”.
Fiquei muito confuso na época, não tinha resposta para dar, nem a eles e nem a mim mesmo. Mas algo me dizia que Deus não tinha errado. “Um dia entenderei isto”, pensava. Hoje, alguns anos de problemas, oração e leitura do Evangelho depois, eu consigo entender mais algumas coisas, mas sei que muito ainda tenho que aprender.
Aprendi algumas coisas:
Aprendi que Jó somente se deu mal na vida porque ele era um homem bom e fiel ao Senhor, o seu Deus. Ele foi alvo de uma discussão entre Deus e um dos seus servos, o diabo. Para provar que estava certo em sua opinião, Deus permitiu que o diabo aprontasse “o diabo” na vida de Jó, que permaneceu fiel, mesmo sem nunca ter entendido nada do que acontecera.
Aprendi também que Lázaro somente sofreu tanto com sua enfermidade, a ponto de morrer doente, porque ele era amigão de Jesus. Paradoxal novamente. Jesus, quando foi chamado pelos familiares por causa da grave enfermidade do amigo Lázaro, demorou-se propositalmente para aguardar o óbito. Só depois ele partiu para o vilarejo de Betânia, para ver duas irmãs chorosas pela perda do irmão, arrimo de família, que já era um cadáver sepultado. Aprendi que Jesus não queria a cura de Lázaro, queria algo muito maior, algo inusitado, inesperado, não-planejado, imprevisível, impossível, queria o impensável. Aprendi que Jesus não queria atender às orações das pessoas, pedindo cura, mas queria que vissem que ele, Jesus, não era apenas mais um andarilho curandeiro, mas que em suas mãos repousavam o poder que nenhum outro “iluminado” tinha: o de extrapolar os limites da vida e da morte. A morte, pânico para os reis, imperadores e famosos em geral, está submissa às ordens de Jesus.
Aprendi que pessoas que estão próximas de Deus têm problemas, como todas as outras, com a diferença que os problemas não estão fora do controle de Deus, mas Deus os vê e os permite visando um bem maior. No caso de Jó e Lázaro, o ganho foi a ampliação da fé deles e a oportunidade de saberem que Deus não é um conceito, mas um fato.
Aprendi que os problemas nos aproximam de Deus.
Aprendi também que na dor nosso coração amolece.
Aprendi que após os problemas passamos a ser mais compreensivos com a dor alheia.
Aprendi que ninguém sai de uma experiência dolorosa da mesma forma.
Aprendi que é verdade o adágio popular: “Crescer dói.”
Aprendi que os problemas da minha vida não estão fora do controle de Deus, mas que alguns deles foram até permitidos ou planejados por Deus, para o meu doloroso, mas necessário, crescimento como pessoa. Por isso, posso minimizar minhas angústias, medos e ansiedades, pois aprendi que não estou sozinho enfrentando a vida, estou sim, sendo treinado, pelo coach dos coachs, que não quer o meu mal, mas me ver maduro, forte e preparado. Uma pessoa melhor.
Aprendi que, assim como a cura não fazia parte dos planos de Deus para a vida de Lázaro, algumas vezes também não somos ouvidos em nossas orações, posto que Deus tem algo surpreendentemente melhor lá na frente. Algo que não podemos suspeitar. Algo impensável. Bom demais para ser verdade.
Aprenda isto.

 

Este vídeo abaixo é legal e muito difundido na internet. Mas é um texto apócrifo, como tantos que são atribuídos a Veríssimo, Drummond, Quintana, e sei lá. Talvez os autores sejam tímidos, ou quem sabe usando esses nomes famosos o texto ganha status e anda mais rápido. Portanto, o texto abaixo, apesar de útil, inspirador e lindo, não pertence a William Shakespeare. (Se alguém tiver informações complementares, me informe.)

VÍDEO SENDO BAIXADO – MAS JÁ PODE SER ASSISTIDO CLICANDO NESTE LINK ABAIXO:

 

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Como somos ignorantes…

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18 Certo homem importante lhe perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” 19 “Por que você me chama bom? “, respondeu Jesus. “Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus. 20 Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’”. 21 “A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência”, disse ele. 22 Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: “Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me”. 23 Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico. 24 Vendo-o entristecido, Jesus disse: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! 25 De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. 26 Os que ouviram isso perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 27 Jesus respondeu: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. 28 Pedro lhe disse: “Nós deixamos tudo o que tínhamos para seguir-te!” 29 Respondeu Jesus: “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus 30 deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais, e, na era futura, a vida eterna”.”

Essa normalmente é a passagem que o pastor aproveita pra pedir o dízimo (risos). Mas eu não vou pedir seu dinheiro, porque hoje eu vou falar de dízimo espiritual. E meu amigo, dizimo material é brincadeira de criança. O dízimo espiritual é que é difícil. E é o dízimo espiritual que realmente importa pro seu relacionamento com Deus.

 

Pensa comigo: Se a igreja onde você congrega acabasse hoje. Não importa se o aluguel subiu demais e a soma dos dízimos ali não consegue mais pagar esse valor, seja porque a diocese resolveu que ali não era viável e é melhor mudar pra outro bairro, seja porque o pessoal não gostou do pastor novo e a denominação não tinha nenhum outro pra substituir, seja porque o seu pastor foi alvo de uma ação policial e o prédio do templo, que estava no CNPJ dele, agora será leiloado pra pagar dívidas, seja pelo motivo que for. Por que o prédio da sua igreja fechou, vocês vão deixar de se reunir pra falar sobre Deus e as coisas do Reino? Você vai deixar de ir na casa dos seus irmãos pra orar? Você não vai mais dormir um dia com seu irmão no hospital, enquanto ele se recupera de uma cirurgia? Você não vai ajudar sua a viúva e o órgão do teu irmão, se ele for encontrar Jesus? Você vai deletar o WhatsApp dos irmãos e fingir que nunca os conheceu pra não ter perigo de ninguém te pedir um dinheiro emprestado? Eu tenho certeza que não, porque você sabe que a igreja não é um prédio, mas uma reunião de pessoas em nome de Deus. E mesmo se não tiver dinheiro pra pagar as contas de água e de luz e um prédio for fechado, a igreja vai continuar sempre que a gente se reunir. E se vocês não puderem custear um sacerdote, um ou mais irmãos vocacionados vão se prontificar a estudar as escrituras e ajudá-los em sua evangelização. E se a gente souber usar as tecnologias desse tempo pro bem, nós nunca mais deixaremos de saber notícias de fulano e ter oportunidade de ajudar ciclano quando se passar por uma necessidade. E isso é igreja!

”Cada um dê conforme determinou seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” – II Coríntios 9:7

 

Mas fechado o parêntese, eu tinha dito que não ia falar de dízimo material né?! E não vou.

 

O que nos impede de ir ao reino dos céus não é Deus. Ele é juiz, mas Ele não é o juiz que prende, Ele é o juiz que solta. Na verdade ele quer que você vença e não que você perca. Ele é o bom professor. O mau professor quer reprovar o aluno pra se vingar, pra aquele diabo da sua vida aprender que se ele não calar a boca e estudar, ele vai se dar mal, porque você vai reprovar ele! Deus é o professor bom, que se alegra quando aquele aluno-problema que te deu um trabalhão, consegue atingir o resultado, se torna uma pessoa virtuosa, então olha pra trás e reconhece que aquele desafio foi para o bem dele. Deus se alegra quando você compreende que você o obedece por amor e não por interesse. Porque você quer retribuir tudo o que Deus lhe deu e não porque você quer comprar algo que Deus ainda irá te dar. Ele não é o porteiro, ele é o pai amoroso da parábola do filho pródigo. Que te recebe de braços abertos, porque você completou a carreira, combateu o bom combate, compreendeu o caminho, aprendeu o que Ele tinha pra te ensinar, mesmo tendo errado a beça enquanto aprendia. Porque não é sobre a lei e os costumes, mas sobre amor, não é sobre o que você faz ou deixa de fazer, mas sobre quem você é, não é pelo resultado, mas pela motivação. A questão não é cumprir a lei, mas o porque você a cumpre. “Por medo do inferno?” Pēēēē… Resposta errada. “Pra ser abençoado!”. Errado novamente. “Pra que minha mãe se orgulhe de mim”. Acertô Miserávi… tô brincando, errou de novo. “Para agradecer a Deus por tudo o que Ele me dá”, “Porque eu amo até o meu inimigo”, ou “Porque eu sou capaz de quebrar a lei para ir ao socorro do meu irmão”. Essas últimas sim, talvez sejam respostas melhores aos olhos de Deus. E apenas se não forem palavras ao vento, mas um real reflexo do seu coração.

 

Quando o rico não seguiu Jesus, como fizeram Pedro e os demais, isso poderia tê-los envaidecido, já que eles sim tinham largado tudo para seguir Jesus. Contudo, quando compreendem que não era bem assim e perguntam a Jesus: “Então, quem pode ser salvo?”, Jesus responde: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. Dando talvez um banho de água fria naqueles que esperavam que ele dissesse “os pobres”, mas dando esperanças para todos nós, que somos como o jovem rico!

 

Todos nós temos algo que não queremos deixar pra traz dessa vida. É aí que está teu coração. Se você não está pronto para abrir mão daquele bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro, que você corta e sai aquela explosão de calda de baunilha do Daniel Briand… ou daquele churrasco de primeira com os amigos, com uma cervejinha gelada e aquela música gostosa… ou aquele pôr-do-sol em família, tomando um espumante e curtindo uma piscina aquecida com a vista mais bonita do planeta Terra. Nós somos como o jovem rico!

 

Enquanto nós não abandonarmos as coisas do mundo do topo das nossas prioridades e lá colocarmos Deus, nosso coração estará longe de ser como o coração de Jesus e nós não estaremos completando a carreira, lutando a boa luta, e fundamentalmente sendo como Deus nos criou para que sejamos. Nós somos como o jovem rico!

 

E eu não tô aqui dizendo que você precisa parar de beber, ou de sair com os amigos, ou de se alegrar com sua família, ou de transar com seu cônjuge, ou mesmo parar de comer bolo de chocolate. Tampouco estou pedindo que abandone sua profissão e vire missionário nos confins do mundo. O que eu tô dizendo é que essas coisas não podem ser aonde está o seu coração. Porque se em alguma dessas coisas está seu coração, significa que você está pronto para sacrificar qualquer outra coisa por elas. Você está pronto pra sacrificar a sua vida ou de um ente querido por um bolo de chocolate? Espero que não. E do seu inimigo? Também espero que não. E pra virar missionário? Porque eu não tô dizendo pra você fazer isso, mas também não tô te segurando. Se isso estiver no teu coração, amém! Deus te abençoe!

 

O fato é que devemos estar prontos para nós sacrificar por Deus, por amor a Ele e ao nosso próximo, por isso sim você deveria estar disposto a sacrificar a sua vida. Estar disposto a morrer pelos seus filhos é fácil, é natural, qualquer animal que apresente cuidado parental faz isso: morre pela sua prole. Mas você é um ser espiritual em uma experiência carnal e não o oposto.

 

Nós temos que compreender que somos todos como o jovem rico: pecadores, lutando para colocar nosso coração em Deus e tirar nosso coração das coisas do mundo. Porque o “x” da questão é que o coração do jovem rico estava em seu dinheiro. Não basta ser rico pra estar condenado, nem ser pobre para estar salvo. Pois mesmo quem é pobre pode ser rico daquilo que ele coloca seu coração: pode ser um vício, um prazer, um pecado. Simão Pedro e os demais estavam no caminho de Jesus, abandonando as coisas do mundo para alcançar a santidade. Deixaram para trás suas profissões, seus poucos pertences, suas famílias: esposas, mães, filhas e filhos. Mas eles ainda eram tentados pelo mundo como vemos em todo o novo testamento e só com a ação do Espírito Santo, o impossível, que é colocar nosso coração no lugar certo e fazer o espírito triunfar sobre a nossa carne, pode verdadeiramente acontecer.

 

Inclusive é uma falta de lógica maluca que o destino inexorável, a morte, o fim desta vida, seja aquilo que nós mais tememos, enquanto humanidade. A gente passa a vida buscando a fonte da juventude, a pedra filosofal, o elixir da vida eterna, mas é inevitável que iremos morrer e deste mundo nada levaremos. Ainda assim, nos apegamos às coisas do mundo como se fossem o último colete salva-vidas. Nós somos chamados a abrir mão de tudo deste mundo em troca do céu, do paraíso, da presença infinita de Deus. Ou seja, pra abrir mão de nada e ganhar tudo. E a gente ainda acha que tá ruim esse negócio. Que tá injusto! Como somos ignorantes…

 

Stevan Maia-Corrêa

Setembro/2021

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ESSE TEXTO É SÓ PRA QUEM É CRENTE.

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Eu acabei de escutar uma entrevista onde o piloto Mick Schumacher (estreante na fórmula 1 em 2021 e filho do heptacampeão, Michael Schumacher) falava sobre seu pai e sobre dirigir os carros que seu pai guiou, o que estreou (a Jordan 191), o que ganhou o primeiro campeonato (a Benetton B194) e o que foi considerado o mais bem sucedido carro de corrida da história, campeão tendo ido ao pódium em todas as corridas (a Ferrari F2002).

 

O cara já é um tarado por carros, tanto que se tornou piloto e chegou na elite do automobilismo, ainda junta isso à sua herança genética, seu pai, que foi um dos mais famosos seres humanos do século XX e considerado por alguns o melhor da história naquilo que ele fazia pra viver. Pense no tamanho da emoção, do orgulho, pense no tamanho do amor que emana de Mick Schumacher quando ele fala sobre guiar os carros que seu pai um dia guiou e fez história.

 

Já viu alguém falando do que ama? Já viu com que paixão e entusiasmo se fala do que se ama? Já viu como quando você ama alguma coisa você vai a fundo e estuda a respeito, discute com fervor, busca referências, passa horas e mais horas lendo, ouvindo podcasts, assistindo vídeos a respeito daquilo, e resolve começar um blog, e escreve você mesmo sobre o que você pensa sobre aquilo e porque discorda de algum notório estudioso daquele assunto. Você se dedica. E resolve até começar um podcast sobre o tema, ou talvez um canal no YouTube. E faz hipóteses e escreve teses. Se torna um doutor naquilo!

 

Tem gente que gosta tanto de futebol que assiste a partida da 4a divisão do campeonato das escolas do bairro do limão e de noite assiste a mesa redonda da mesa redonda do futebol, onde o Ale Oliveira e o Mendigo do Pânico estão analisando porque os comentaristas Neto e Edilson brigaram enquanto analisavam se Renato Gaúcho furou o olho (no sentido figurado) do Rogério Ceni no Flamengo.

 

Tem gente que gosta tanto de Star Wars que assiste todas as trilogias, spin-offs, animações e séries live action. Que termina amizades discutindo qual a melhor trilogia e porque é a clássica 😉 Lê todos quadrinhos e os romances de personagens seja Legacy ou da Era Disney. Compra action figures, jogos de tabuleiro, sabres de luz, lençóis e cosplays. Compra centenas de miniaturas e as pinta, uma a uma. Estuda sobre técnicas de pintura e compra tintas e pincéis importados porque os nacionais não tem a qualidade relativa à todo o seu conhecimento e habilidade na ciência de pintar miniaturas de 32mm. Estuda as coreografias das lutas de sabre de luz. Jogou todos os jogos eletrônicos temáticos da série, desde o Atari, até o novo do PS5, passando pelo clássico Dark Forces e o incrível X-Wing vs. Tie-Fighter. Aprende tudo sobre a Ordem Jedi e os Sith. Comemora o aniversário do Ewan McGregor e cumprimenta seus amigos com “Hello there!”. Aprendeu até a falar Klingon… brincadeira, eu sei que Klingon é Star Trek.

 

Tem gente que gosta tanto de um jogo on-line que passa horas jogando. Que deixa de dormir e de estudar pra passar a madrugada jogando. Ah… depois dorme na escola. Estuda as características de cada herói e de cada inimigo, sabe que o arcano é melhor contra o guerreiro, porque o guerreiro tem resistência baixa contra magia, mas precisa tomar cuidado com os ladinos, pois podem se aproximar invisíveis. Malditos ninjas, mal posso ver seus movimentos! Se você procurar na internet achará algumas reportagens sobre garotos que amam tanto um jogo eletrônico que morreram jogando. Sim, Eu não estou exagerando. Já tiveram pessoas que morreram pois não pararam pra dormir, jogando direto por horas, por dias, até o corpo desligar.

 

Tem gente que gosta tanto de jardinagem que compra um tanto de muda cara… E pelo menos aqui perto da minha casa, planta é um trem caro! Mas a pessoa ama, então ela compra todos os baldinhos e pazinhas especiais de jardinagem. E deixa de estar com a família e os amigos pra passar o fim de semana em paz, só cavando, e plantando, e adubando, e relaxando no silêncio ou então ouvindo uma musiquinha no fone de ouvido. E você aprende qual o melhor adubo pra o tipo de solo que tem no seu quintal. Estuda qual a melhor planta para aquele ambiente da sua casa. E sabe qual precisa de mais sol e qual deve ficar na sombra. Qual a frequência e quantidade de água com a qual deve regar cada planta. E conversa com as plantas, faz carinho nas plantas e coloca música clássica pra elas escutarem porque leu que plantas gostam de Schubert, Brahms e Beethoven.

 

Tem gente que gosta tanto de sexo que aprende até matemática, mas só pra poder contar quantas pessoas já beijou na boca, dividir pela quantidade de pessoas que transou e fazer uma média daquelas com quem fez apenas sexo oral (abrindo um parêntese apenas para lembrar que se começa com sexo, é sexo também. Virgindade não está ligada apenas ao hímen). Tem gente que gosta tanto que só a relação física não basta, precisa ter relações on-line também… e assim, conhece uma dezena de sites pornográficos diferentes (que é pra não enjoar) e sabe todas as palavras-chaves relativas à cada uma das suas perversões sexuais prediletas. Tem gente que gosta tanto de sexo que, sem nenhum pudor, usa o cartão corporativo para pagar pelo serviço de garotas e garotos de programa. E se não tiver acesso ao dinheiro publico, também não tem problema, pois precisa fazer com outra pessoa aquilo que não tem coragem de pedir ao cônjuge ou o cônjuge não concorda em fazer. Tem gente que gosta tanto de sexo que pesquisa nos confins da Deep Web até achar um traficante de mulheres pra comprar uma escrava sexual. Não, meus irmãos, isso existe e é mais comum do que você imagina.

 

Tem gente que gosta de board game, de MMA, de dominó, de churrasco, de vinho, de stand-up paddle, da Marvel ou da DC, daquela série do Netflix…

 

Porque tem pessoas que amam essas coisas mais do que o estereotípico mineiro ama pão de queijo, o goiano ama pequi ou o justo ama a justiça.

 

Agora pensa sobre o que você gosta desse tanto? Aquilo que você ama ter? A atividade que você ama fazer? O que você ama ser? O que você tem tanto prazer e investe tanto do seu tempo? Bom demais hein?!

 

Agora deixa eu te perguntar: e Deus? Você ama a Deus? Mesmo? Então porque não fala com entusiasmo a respeito Dele? Então porque tem vergonha de falar sobre Deus com um amigo de escola ou do trabalho quando seu coração te diz que há uma oportunidade? E porque você não investe seu tempo na sua relação com Ele? Porque você não busca a Sua palavra? Porque não lê a Bíblia ao invés de se contentar apenas em ouvir aquilo que o seu pastor lhe fala nos domingos que você foi não ficou com preguiça de ir à igreja? Porque você não vai a fundo e busca estudar e saber mais sobre Ele?

 

Agora eu vou perguntar novamente: você ama a Deus?

 

Não tem como você amar a Deus se você nem sabe quem Ele é? Como você pode amar algo que mal conhece? Infelizmente, a carne ama o mundo! A carne ama aquela receita de bolo da sua bisavó que você teve que aprender aramaico pra decifrar e depois guardou só pra você e não ensinou ninguém, tudo pra você ser a tia mais legal, o irmão que todo mundo quer visitar, a madrinha que faz o melhor bolo.

 

5 Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. 6 Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.
7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.
8 Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa.
9 Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.” – Deuteronômio 6:5-9

 

Stevan Maia-Correa

Setembro/2021

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EU TE ODEIO!

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Novo mandamento vos dou: Que vocês amem uns aos outros…

Nada mais importa… O resto é perfumaria.

A ordem é amar o vizinho, o colega de escola ou de trabalho.

A ordem é ver a si mesmo no outro e assim sentir-se bem por meio do sucesso alheio.

Para fazer isto, vale tudo:

Se for necessário acreditar que Deus criou todas as coisas em 144 horas, para amar alguém, eu acredito.

Se for necessário acreditar que Jonas foi engolido por uma enguia elétrica, para amar alguém, vale à pena.

Mas, para amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é amar.

Mas, mesmo assim, se for necessário crer que Moisés abria os mares e tirava águas de pedra e que dava inveja ao ilusionista David Copperfield, a gente acredita, que importa? O que importa é o Novo Mandamento: Amor!

Vamos deixar Saramago com suas perguntas primárias (“Como pode Deus tirar uma mulher de uma costela?). Talvez Saramago tenha dificuldade de abstrair… Não invista seu tempo e energia com questões primárias, mas foque-se no primordial: Só o amor pode fazer desta uma existência interessante e deste um mundo suportável aos seus habitantes. Fuja das intolerâncias.

Vamos nos focar no novo! O novo é: “Ame Saramago! Ame os que não conseguem abstrair.” Às vezes Saramago não tolera os intolerantes e assim faz-se um deles. Quanto a mim, quero tolerar todos os intolerantes, posto isto ser novo. Isto é amor. Leia Saramago!

Se um harém saiu de Adão, isto não deve ser fator impeditivo para eu ser tolerante com os desprivilegiados. Não deve ser estorvo para eu ajudar o necessitado. Não deve ser encosto para eu não dar a outra face. Sejamos humildes e não arrogantes. Isto também é novo: isto é amor!

Se for necessário eu acreditar que meus antepassados tiveram guelras, mesmo sendo só teoria ainda cientificamente não comprovada, para amar os outros, tá valendo!

Se for necessário acreditar que um Big Bang veio do nada e não de algum criador: beleza, posso também crer nisto para poder destilar amor a todos. Esta é só mais uma teoria cosmológica cientificamente não comprovada, mas é melhor amar que discutir o indiscutível. O amor é eterno. As teorias não. Vamos amar as pessoas com esta teoria ou com as demais que um dia a substituirão.

Para amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é amar.

Vamos deixar Richard Dawkins com sua rebeldia juvenil, que está fundando um novo tipo de religião fundamentalista para agredir outros fundamentalistas agressivos. Novos e velhos adolescentes emocionais merecem o nosso amor e compreensão, não ódio. Talvez ele também tenha sido abusado por um clérigo pedófilo em sua infância, sei lá, e hoje está apenas dando o troco na pessoa errada: Deus! Isto Freud explica facinho: “A religião é comparável a uma neurose da infância.” (Sigmund Freud)

Deixemos Dawkins e sua ira de lado: “Não pague o mal como mal, mas pague o mal com o bem” é o novo mandamento. Pode ser que um dia ele entenderá o que leu: que o Velho já passou e hoje estamos no Novo, que é “Amar o outro, tolerar as diferenças e não odiar o outro”. Se Dawkins é fundamentalista, não sejamos também intolerantes religiosos, posto isto ser medieval! Ao contrário, vamos tolerar os diferentes… Isto é novo. Isto é amor.

Jesus nos deu um novo mandamento.

Nada mais importa… O resto é perfumaria.

 


 

Isto eu encontrei depois de finalizar este artigo:

“A única coisa que um judeu precisa saber é que Moisés ensinou que havia um só Deus para todas pessoas. O resto é irrelevante.

Um cristão precisa saber que o Cristo mensageiro disse para amar o próximo como a si mesmo e Deus sobre todas as coisas. O resto é irrelevante.

Os budistas precisam saber que Buda ensinou que devemos nos desprender de nosso orgulho, ego, cobiça e ambição material. O resto é irrelevante.

A única coisa que um muçulmano precisa saber é que a guerra santa que o profeta ensinou não é uma batalha contra outras crenças. E sim a conquista do nosso próprio mal, tentações e orgulho. O resto é irrelevante.

E a única coisa que um ateu precisa entender é que nós, não um deus distante, somos os responsáveis por nossas atitudes. O resto é irrelevante. “

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“…E de todos sereis odiados por causa do meu nome…”
(Lucas 21.16-17)

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Os 5 arrependimentos mais comuns no leito de morte

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Por www.exame.com

Uma enfermeira australiana, que acompanhou seus pacientes terminais durante as últimas 12 semanas de vida deles, revelou os arrependimentos mais comuns entre os que estão no leito de morte. O desejo de ter trabalhado menos é um deles, acredite.

Bronnie Ware gravou as epifanias dos seus pacientes e as postou em seu blog. De acordo com o jornal The Guardian, as observações sobre seu trabalho foram tantas que ela foi convidada a publicar o livro “The Top Five Regrets of the Dying”.

“As pessoas crescem muito quando elas se deparam com sua própria mortalidade”, diz a enfermeira. “Quando elas são questionadas sobre algum arrependimento que tiveram ou se elas fariam qualquer coisa diferente na vida, temas comuns vêm à tona”, acrescenta Bronnie Ware.

Aqui estão os 5 arrependimentos mais comuns listados por ela:

1 – Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo.
Segundo a enfermeira, somente no leito de morte as pessoas perceberam quantos sonhos não foram realizados ao longo da vida. Bronnie Ware diz que a maioria dos seus pacientes não tinha honrado nem mesmo a metade dos seus desejos.

2 – Eu queria que eu não tivesse trabalhado tanto.
Esse foi o pesar mais comum entre os pacientes do sexo masculino, de acordo com a enfermeira. Eles perderam a juventude de seus filhos e o companheirismo da suas parceiras, conta Bronnie Ware.

3 – Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
A enfermeira explica que muitas pessoas suprimiram seus sentimentos, a fim de manter a paz com os outros. “Como resultado, elas adotaram uma existência medíocre e nunca viram a ser quem elas eram realmente capazes de se tornar”, diz a enfermeira.

4 – Eu queria ter mantido mais contato com meus amigos.
Segundo Bronnie Ware, muito se tornaram presos de suas próprias vidas, perdendo grandes amizades ao longo dos anos. “Houve arrependimentos profundos sobre amizades que mereciam mais tempo e esforço para serem cultivadas”, afirma a enfermeira.

5 – Queria que eu tivesse me deixado ser mais feliz.
“Este é um pesar surpreendentemente comum”, diz a enfermeira. “Muitos não percebem até o fim da vida de que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos”, acrescenta Bronnie Ware.

 

Esta música é por sugestão e colaboração de Raphael da Silva.

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METAS DE VIDA OU VIDA COM METAS?

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Por Alexandre Marques Leite

Nos últimos meses tive a compreensão de que tudo oque fazemos, falamos e escolhemos geram
consequências para a nossa vida e para pessoas próximas a nós, como família e amigos. Nos últimos
meses tive a clareza de quão valioso é afeto, carinho, compreensão, comunhão para a vida das
pessoas, pois somos seres relacionais. Nos últimos anos tive o entendimento de que sozinho você vai
rápido, mas em grupo você vai mais longe. Nos últimos anos tive a certeza que uma vida com metas é
diferente de metas de vida.

 

Metas podem ser complexas, pois são variadas e possuem aplicações ilimitadas. Estão presentes na criação de filhos, no trabalho, nas compras, no lazer e até na igreja. Causam impacto significativo nas vidas e círculos sociais, podendo ter efeitos positivos ou negativos, necessitam sempre de organização, tempo, escolha e execução.

 

Durante minha vida sempre tive a clareza da hierarquia e da disciplina, da importância do comprometimento e da honra, valores que carrego desde criança, com falhas, mas em constante aperfeiçoamento. Tive oportunidades que me trouxeram até onde estou e daqui me levarão para momentos novos. Porém, minha experiência de vida mais significativa ocorreu em 2019 durante o Curso de Oficiais da Reserva, foi lá que reconheci o valor de ter uma vida com metas e não metas de vida. Durante aquele ano tive que me adaptar a conviver em grupo, desenvolver capacidades que antes eram impossíveis, saber o momento de cobrar e saber ser cobrado. Passei por experiências muito gratificantes.

 

Meta era algo que eu idealizava para ter um status favorável, ou seja, era um fim. Mas, dentro da caserna, descobri que metas são, na realidade, um meio para alcançar um fim. Pode-se manipular uma ou mais metas para alcançar um objetivo, ou até mesmo para modificar a rotina sua e de seus companheiros. Uma das metas exigidas que era, à primeira vista insignificante, era o “Aluno Atualidades”, por meio da qual um aluno era escalado para transmitir notícias importantes. Assim, éramos rotineiramente interpelados sobre as perguntas mais básicas de cada notícia, como por exemplo: a fonte, qual consequência poderia acarretar, etc. Hoje vejo que aquela meta, embora simplista, proporcionou que muitos ali criassem senso crítico, necessário para lutar por direitos e deveres. Desse modo, uma meta, por mais prática que seja, pode impactar vidas e até mesmo modificar hábitos de um indivíduo. Essa reflexão sustenta a ideia da vida com metas.

 

O aprendizado mais marcante e que me foi recordado nas últimas semanas por um irmão meu foi
o seguinte: adote sempre o “Onde estou? Para onde vou? Com quem vou? Como vou? Quando vou?”
até porque sem eles a sua patrulha vai para a vala! Desta simples máxima entendo que para tudo na
vida se faz necessário os processos, os quais não começam pelos objetivos finais e sim por onde você
se encontra e com que meios você pode chegar em determinado objetivo. Tendemos a buscar pelo
“possível”, não queremos ter o incômodo de ir na vanguarda atrás de soluções novas, por isso
tendemos a estagnar na mediocridade, entrando em contradição com as ações necessárias para
alcançarmos as tão sonhadas metas de vida. Por outro lado, eu entendo agora que você deve fazer o
seu melhor, nas condições que você tem, enquanto você não tiver condições melhores, para fazer ainda
melhor possibilitando que os processos façam parte de determinada escolha para sua vida ou para a
solução de determinado problema, o convívio constante com os processos permite conhecermos outros
círculos sociais e conquistarmos outras metas até melhores que aquela antes imaginada como síntese
de nossas vidas.

 

Agora me diz, até que ponto sabemos se determinada meta é boa para a nossa vida? Como sabemos que fizemos uma escolha correta? Como escolhemos? São perguntas que abrem uma caixa de Pandora na minha mente, que me traz a reflexão que somos salvos pela Graça do Senhor, pois não podemos conhecer tudo nem todas as coisas, mas a cada dia podemos nos aperfeiçoar. As coisas que nos acontecem fazem parte de um plano maior no Reino de Deus, e creio que a única maneira de responder a estes questionamentos é por meio de Deus.

 

Então, jovens, levem com tranquilidade as metas de vida, pois estas são apenas um meio para se alcançar um fim. O processo para alcançar uma vida de metas, ao meu ver, é como buscar a felicidade, só tem fim quando ela acaba! Como cristão sei que essa caminhada acaba no Reino de Deus.

“Vocês não sabem que, de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.”

1 Coríntios 9:24-27

 

Alexandre Marques Leite

6 de agosto de 2021.

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QUANDO DEUS APOSENTA VOCÊ.

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Por Joberson Lopes

 

Quando sabemos a hora de parar? Quem nos avisa que está na hora de aposentar? Sua idade? Sua vontade? Sua falta de saúde? Será que também procrastinamos o tempo de parar? O sábio Salomão escreveu:

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Eclesiastes 3:1

Acredito que em tudo que se faz nessa terra, tem um tempo determinado para ter um início e um fim. O que fico me questionando é por que para algumas pessoas é tão difícil admitir que chegou o tempo de parar? Que chegou o tempo do fim! Eu não me sinto preparado para a morte, que dirá para parar de fazer algo que me faz sentir vivo, como a missão, que é onde eu trabalho agora.

Essa semana meu pai me mandou mensagem e pude ler nas entrelinhas das falas dele, que ele após se aposentar não sabe o que fazer. Me pedindo desculpa por estar mandando tantas mensagens no WhatsApp, pois achava que estava incomodando, pois não sabia mais com quem conversar ou o que fazer. Chegou a dizer que vai tentar voltar ao mercado de trabalho como trocador de óleo de carro. Isso me fez refletir, pois meu pai acabou de se aposentar como mecânico chefe com mais de 20 anos de experiência de mecânico a diesel.

Também lembrei que quando morávamos no Texas, por várias vezes, tiveram alguns senhores aposentados, embalando e carregando minhas compras de supermercado até o meu carro. Eles voltam ao mercado de trabalho, não pelo salário, mas pela necessidade de se sentir útil novamente ou de conversar com pessoas, de sair de casa, de tentar voltar à vida ativa de antes. Por que será que temos essa dificuldade em entender o tempo de parar?

Eu e minha família somos missionários desde que nos casamos e estávamos em missão integral quase que por esses 13 anos. Mas já tem quase 2 anos que as coisas não vêm funcionando como era antes, e venho sentindo que as “portas” estão se fechando para a vida de missão integral, mas eu tenho procrastinado, tenho insistindo em continuar e parece que só vem dando errado essa insistência.

Comecei a questionar se o tempo do fim chegou e eu não entendi. Começamos a orar para entender o que estava acontecendo em nossas vidas. Essa semana tive mais uma confirmação que devemos parar nossa missão integral e focar apenas em nossa família, como as demais pessoas “normais” fazem.

Um amigo muito querido me ligou e foi bem inesperado, pois não conversamos muito constantemente e me disse que queria nos dar uma oferta, mas queria nos pedir algo especial, que ele sentia que era Deus que estava lhe direcionando para pedir isso para nós.

Ele disse que essa oferta não era para eu gastar com moradores de rua, nem ajudando drogados, nem para ajudar pessoas que queriam se matar, nem para construir barco ou trailer pra ninguém, mas para usar essa oferta para minha família. Apenas pegar o dinheiro e ir à praia, tomar sorvete, comprar roupas pros filhos, levar a esposa no salão ou algo assim. Mas que teria que ser algo só pra nós.

No mesmo momento entendi, que Deus estava confirmando o que nós vínhamos percebendo. Nossa missão não é mais para os outros, como sempre fizemos, mas para a nossa própria família. Então nosso trabalho missionário parou!

Eu então entendi que o tempo de parar a missão integral, chegou em nossas vidas! Glória a Deus, pois Ele, melhor que ninguém, sabe o que é melhor para cada um de nós, inclusive o tempo de parar!

Espero que quando seu tempo de parar chegar, que você esteja preparado para essa nova fase, e não entenda isso como uma morte e nem procrastine, mas entenda como uma nova fase da vida, pois é assim que passei a entender a minha nova fase da vida, como Nova!

Joberson Lopes.

30 de julho de 2021,

Mosqueiro – Aracaju.

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